Arquivo mensal: julho 2015

O Sol entra em Leão

Continuando o seu caminhar pela roda do Zodíaco, o luminoso astro do dia ingressa, neste dia 23 de Julho, no signo de Leão, seu signo de regência, dando início a um ciclo de valorização da consciência e celebração da vida e da Luz.

Quinto signo do Zodíaco, segundo do elemento fogo e segundo do ritmo fixo, regido pelo Sol, Leão simboliza o poder em estado absoluto, emanado diretamente das Potências celestiais. Do ponto de vista simbólico-cosmológico, portanto, Leão representa a hierarquia universal que aponta o centro, ao redor do qual tudo circula, como o ponto central de uma circunferência, que, segundo a Geometria, define a própria existência da circunferência.

AristotelesEsse conceito talvez possa ser relacionado com a ideia aristotélica do motor imóvel. Segundo Aristóteles, tudo que existe tem uma causa imediata que se conecta com outra, até chegar à Causa de todas as causas. Por exemplo, a lâmpada se acende porque alguém acionou o interruptor, ativando a corrente elétrica; a corrente elétrica circula pelos fios porque há uma usina hidrelétrica que a gerou; a usina gera a eletricidade graças ao movimento de uma grande quantidade de água, em queda; essa água, por sua vez é alimentada pelo ciclo hídrico do planeta; e assim por diante, até que nós cheguemos à Causa sem causas de todas as causas, ou aquilo que Aristóteles chamou de motor imóvel: algo que movimenta tudo mas não é movimentado por nada.

Nas monarquias, a figura do soberano é o receptáculo desse poder divino, representativa do Princípio que regula todas as coisas (tanto que a palavra Príncipe deriva de Princípio).

Esse grande Princípio regulador, Poder pleno do Universo, é simbolizado pelo signo de Leão. Não é à toa que o leão é o rei dos animais.

Do ponto de vista humano, Leão representa a vitória do Espírito sobre o Ego, ou seja, a fagulha mais divina em nós vencendo os excessos egóicos que nos inflam de desmedido orgulho e centralizadora tirania.

Portanto, durante a estada do Sol no signo de Leão, o Cosmos nos convida a uma maior conscientização do que devemos fazer para encontrar o nosso caminho rumo à Luz; e, por outro lado, nos convida à conscientização de que somos meramente portadores e não possuidores dessa Luz. Mais ainda: essa Luz, quando em nós, enquanto portadores, só tem sentido se servir para iluminar os nossos irmãos.

E, sendo o signo de regência do Sol, propõe-nos celebrar a Vida, comemorando, de todas as formas possíveis, a vida que nos é oferecida e que, como bem disse Gonzaguinha, é bonita, é bonita e é bonita.

Um abraço apertado a todos os leoninos e votos de mil felicidades!!!!

Marte em oposição a Plutão

 

Conflito entre os planetas Marte e Plutão, indicando a possibilidade de exacerbação de forças ocultas em nosso interior, de forma destrutiva ou agressiva.

Atenção! A oposição Marte-Plutão é sinal de processos explosivos.

O planeta Plutão é o catalisador e desencadeador dos processos de transformação: ele destrói, aniquila, para que outra coisa possa existir.  Marte, por sua vez, representa os nossos potenciais combativos, guerreiros, que, se não canalizados de forma correta, tornam-se em agressividade gratuita, fruto de uma raiva contida.

RaivaSabemos, porém, que a raiva nunca é à-toa; ela é, isso sim, filha de algum sentimento desagregador, mais notadamente, o medo.

O medo é um inimigo poderoso, pois pode até nos paralisar, impedindo-nos de avançar em busca de nossos objetivos. Em outras circunstâncias, ele nos deixa com a sensação de impotência, o que nos faz sentir fragilizados, levando-nos a nos defender do mundo que, aparentemente, nos ameaça. E daí vêm a agressividade e a raiva.

O que é interessante é fazer o exercício, nem sempre tão simples, de analisar, de forma imparcial e objetiva, a raiz emocional oculta, que normalmente está por trás dessas explosões ou desses sentimentos agressivos. Essa raiz oculta pode estar associada ao medo, mas será também fruto, por exemplo, da frustração, da impotência, do sentimento de rejeição e vai por aí afora.

Portanto, antes de despejar em cima de alguém toda uma carga de violenta emocionalidade, pare paraMedo contar até dez e pense com serenidade em sua próprias frustrações. Aumente um pouco o tamanho de seu pavio, pois, nesta semana, por conta da triangulação Marte-Plutão-Urano, o que nós pensávamos ser uma simples bombinha de São João pode ter o efeito de uma bomba atômica, catalizando os nossos excessos emocionais, nossa raiva e nosso medo. E as pessoas ao nosso redor não têm culpa de nossas limitações e ranços internos.

Vença seus medos, controlando, assim, sua raiva. Encare-os como desafios a serem vencidos e não como algo que pode paralisar as suas ações. Ou, ao contrário, condene-se a um eterno vagar pelas impossibilidades e pela infelicidade.

Dica Cinematográfica

O filme Voltando a Viver (Antwone Fisher, USA, 2002), o primeiro dirigido por Denzel Washington, em que você irá aprender as consequências de disparar indiscriminadamente a nossa ira. E, o mais importante, como fazer para transmutá-la.

 

Análise Cíclica

Independentemente da qualidade própria desse momento, sinalizada pela conjunção Marte-Plutão, do ponto de vista ciclológico cabe também uma observação.

Como já comentamos em outros artigos, nesta coluna, o ciclo sinódico entre dois planetas se dá da seguinte maneira: na conjunção (quando os dois planetas se encontram no mesmo grau do Zodíaco), inicia-se um ciclo, novas sementes são lançadas, algo novo começa. O planeta mais rápido continua avançando e, na oposição (quando os planetas estão a 180º), esse ciclo atinge o seu máximo. Nesse ponto, as sementes lançadas no momento da conjunção frutificam (para bem ou para mal) e rendem resultados. Mas, entre a conjunção e a oposição e vice-versa existem dois momentos em que os planetas se colocam em quadratura (a 90º um do outro). Os pontos de quadratura representam momentos de crise, de oportunidade. A quadratura crescente (entre a conjunção e a oposição) está relacionada a crescimento. Às vezes, nesta fase, faz-se necessário um ajuste ou reordenamento de metas, para que os projetos ou vivências iniciadas na conjunção continuem ou até mesmo se extingam de vez. Já a quadratura minguante (entre a oposição e a conjunção) está relacionada a uma crise que solicita novos ajustes, porém com vistas ao encerramento do processo.

Ciclo Sinódico

E, na nova conjunção, o ciclo é definitivamente encerrado e um novo se inicia.

Alguns desses ciclos duram um mês, como é o caso dos ciclos envolvendo a Lua. Outros duram vinte anos, como é o caso do ciclo Júpiter-Saturno. E outros ainda duram dois anos a dois anos e meio, como é o caso deste ciclo Marte-Plutão.

Quando observamos esse tipo de ciclo, percebemos que o tempo e seu desenrolar em nossa vida fica impregnado de significados. E vivemos em meio a uma infinidade desses ciclos, que se mesclam e se interpenetram entre si.

A vez mais recente em que Marte e Plutão fizeram uma conjunção foi em Novembro de 2014. Avalie com cuidado: que sementes você lançou, nos entornos desse momento? Que projetos ou vivências você iniciou aí?

Marte e Plutão fizeram uma quadratura crescente em Março de 2015. Pergunte-se: que tipo de crise de ajustamento seu projeto ou vivência passou, durante esse momento?

(Observação: por conta do movimento retrógrado de Marte, essa quadratura de repetiu de Abril a Junho de 2015)

A oposição Marte-Plutão ocorre agora, em Julho de 2015. Aqui acontece o apogeu do ciclo. Que frutos você está colhendo?

A quadratura minguante Marte-Plutão ocorrerá em Dezembro de 2015.  Eis aí o momento da crise final, o princípio do fim do ciclo.

E a próxima conjunção Marte-Plutão só ocorrerá em Novembro de 2016, encerrando o ciclo iniciado em Novembro de 2014 e começando outro.

Fique atento. E aproveite para usar os momentos cíclicos a seu favor, em vez de nadar contra a correnteza cósmica.