O Planeta Júpiter entra no signo de Touro

O planeta Júpiter ingressa o signo de Touro, inaugurando um ciclo de expansão e edificação da matéria.

O signo de Touro rege a matéria e a forma. A substantia que possibilita a corporificação concreta dos Princípios. Após o impulso ígneo de Áries, que representa o fogo original da Criação, Touro significa a densificação da matéria, para que a manifestação ocorra. Enquanto Áries representa a semente, plena de potencialidades, Touro representa a terra que dá guarida a essa semente, nutrindo-a e protegendo-a para que ela se realize.

Compreenderemos melhor o signo de Touro se pudermos estudá-lo a par com seu oposto complementar, o signo de Escorpião. Enquanto Touro simboliza a matéria, Escorpião simboliza a dissolução dessa matéria; enquanto Touro nos fala de concretude, Escorpião nos fala de mistério; enquanto Touro nos convida ao visível, Escorpião nos arrebata ao invisível. Touro, signo da carne, celebra a geração na Terra; Escorpião, signo da sexualidade, representa a geração na esfera do invisível. Conforme a predominância de um e de outro, teremos uma criação visível, que nos esmaga com sua massa, ou valores ocultos e secretos.

A fixidez do signo de Touro e de seu elemento (terra) tenderia a um estado de permanência se, diante de Touro, não se irradiasse o Escorpião, signo de todas as mudanças necessárias. O invisível está subjacente ao visível. Os signos de Touro e Escorpião, signos fixos, contribuem com força suficiente para realizar mudanças significativas e profundas, pela sua intensidade e duração, assim como pelas suas possibilidades de sublimação e transformação.

 A passagem do planeta Júpiter no signo de Touro é um convite e um alerta à Humanidade. Também a construção é regida por Touro. A palavra construir vem do latim construere, de struere, “elevar”. Uma construção é, portanto, aquilo que se eleva aos céus. E, em suas origens, toda construção denota uma escolha. E na encruzilhada em que nos encontramos, nesse mundo pós-pandêmico e pré-sabemos-lá-o-quê, diante de um fluxo de informações cuja velocidade ultrapassa qualquer fantasia, diante da inexorável globalização, um fenômeno sociológico cujos efeitos a médio e longo prazo ainda são inquietantemente imprevisíveis, poderemos optar por utilizar as energias simbólicas concretas do signo de Touro para construir uma nova consciência, capaz de promover as necessárias transformações sociais, políticas e, sobretudo, econômicas, a fim de edificar valores mais compatíveis com nossa condição de irmãos, filhos de um mesmo Pai (o Céu) e uma mesma Mãe (a Terra). Ou poderemos, como temos feito há séculos, canalizar nossos esforços para a diabólica reverência àquilo que nos divide, gerando erosão nas construções mais significativas.

É sempre nossa a opção.

E para os homens e mulheres da boa vontade de Deus, resta-nos a possibilidade de agir sempre, em busca da transformação interna e externa, individual e social, através de uma ação temperada pelo Amor, simbolizado pelo planeta Vênus, astro regente do signo de Touro.

De um ponto de vista bem prático: sendo Touro o signo fixo de terra, tudo o que acontece sob sua égide tende a se fixar, a estabelecer-se, a criar estruturas mais firmes.

Fique atento, portanto: durante o trânsito de Júpiter pelo signo de Touro, que se estenderá até o final de Maio de 2024, tudo o que você construir com seus atos, suas atitudes, suas palavras, seus silêncios, suas omissões, seu dinheiro, seus sentimentos, suas emoções, etc., tende a fixar-se e tomar proporções concretas e firmes.

Aproveite bem.

E tome cuidado.

Dica Literária

Exupéry

O magnífico Terra dos Homens, de Antoine de Saint-Exupèry (autor do Pequeno Príncipe). Um livro escrito na década de 20 do Século XX. Fazendo um seculo, portanto, porém atualíssimo nas questões que traz, onde você vai aprender sobre escolhas, liberdade e união entre os seres humanos.